Sinceramente não acho que Mário Marroquim está mentindo. Entendo que existe um acordo verbal, entre dirigente de CRB e Goiás para que Anselmo Ramon e Breno Herculano não jogassem quando os clubes se enfrentassem. No entanto, o acordo foi feito de forma informal e portanto, sem uma punição estabelecida. A única ‘punição’ é moral. O fato do Goiás negar a existência não legitima que o entendimento tenha acontecido.
Imagino que Marroquim recebeu alguma informação ou desconfiou que Anselmo Ramon iria jogar. Com isto botou a boca no trombone. Falou na imprensa goiana pressionando o Goiás e os seus dirigentes, afirmando que acreditava que o “Goiás iria cumprir o acordo’ e praticamente só faltou pedir que o jogador não ‘jogasse pelo amor de Deus’.
Mais uma vez, Marroquim falou quando não devia e, neste momento se expôs e o mais grave é que expõe também o clube. Sem um acordo formal não haveria qualquer ação contra o Goiás. Na outra hipótese, um acordo formal com condições postas, ele somente acionaria a clausula de punição que o acordo determinasse.
Ao falar sobre o acordo, Marroquim pressionou os dirigentes do Goiás que declinaram sobre a existência do acordo e nesta divergência, o presidente do CRB não tem nenhuma vantagem.
Após falar e ser informado de uma resposta negativa do Goiás, o presidente Mário Marroquim expôs ainda mais o clube clube. A nota oficial não é assinada pelo presidente, ela vem em nome do CRB. A contenta não é do clube, é uma contenda dos dirigentes. Se o acordo fosse formal, com clausulas, aí sim, a nota seria emitida no nome do clube. Quando CRB e Goiás negociaram formalmente a negociação foi criada uma clausula de confidencialidade, solicitada pelo Goiás para o valor da negociação não ser revelado. A formalidade fez com que os clubes silenciassem. Isto é institucionalidade. No acordo verbal, a responsabilidade passa por dirigentes, por pessoas.
Entendo que o presidente Mário Marroquim errou em todas as estratégias e os seus erros expuseram o clube que ele preside.
Marroquim poderia -e, deveria, ter silenciado. Não o fez e se colocou como vítima por acreditar no tão falado ‘acordo informal’. Não aprendeu com algumas falas desastrosas. O silêncio evitaria todo este desgaste.